Descobrir como derrotar a Alemanha torna-se mais complexo quando junto dessa questão está em saber como vai jogar essa mesma equipa alemã. A perda (por lesão) do ponta-de-lança clássico Mário Gomez pode fazer voltar Low à formula do “falso 9” mas existe uns mais...falsos do que outros. Ou seja, uma coisa é voltar à aposta de Gotze nesse papel mentiroso, outra coisa é colocar nesse espaço Muller, que não sendo um 9 por definição, está sempre a aparecer nessa posição como finalizador. Para além das características de cada um (Gotze é um nº10 mesmo quando escondido na faixa em 4x2x3x1 e pensa mais como médio) esta opção tem implicação naquele que pode ser, se bem encaminhado taticamente no sistema, no grande desequilibrador de jogo ofensivo do sistema germânico: Draxler. Porque enquanto Ozil é um “assistente”, classe no passe, Draxler é um inventor de diagonais.
Esta Alemanha tem ido para conformar neste Euro o feito no Mundial mas para esse feito passa muito por respeito pelas suas bases de jogo. Usou a defesa a 3” para num jogo de espelhos anular a Itália mas não conseguiu em nenhum momento libertar Kroos. O inicio de construção antes da finalização como chave para o bom futebol alemão emergir.
A França pode mudar de sistema?
A França brilhou frente à Islândia que quebrou o gelo táctico fechado em 4x4x2, mas será difícil repetir a forma de jogar frente à Alemanha porque m causa poe estar o controlo daquilo que faz... controlar os jogos: o meio-campo, claro. Não é só uma questão de sistema (4x3x3 ou 4x2x3x1) é uma questão de características de jogadores e é por isso que penso Deschamps poder ponderar manter o esquema que levou a jogar melhor porque o elemento que entrou, Sissoko, tem a mesma disponibilidade táctico-física. Teria é que mudar o pivot para passar a jogar com duplo-pivot, Matuidi-Pogba. Penso que a equipa melhoraria com isso., no plano da saída de bola e projeção em posse sem perder poder de (re)equilíbrio defensivo. Seria criação de um novo protagonista tático numa fase decisiva do Euro. Terá Sissoko essa capacidade? Pendo que sim (até porque nem vejo em Kanté, herói de Leicester, um pivoy de eliye). A duvida que assola Deschamps é mas do que táctica. É de modelo de jogo. A afirmação de autoridade do futebol, francês depende dessa opção.
Não é, outra vez, só a questão do sistema, mas a forma como a natureza de uma grande equipa se poe expressar nesta fase. Não basta o triunfo da contra-estratégia. É a identidade que lhe dá a eternidade e um estilo. Esta França vive ainda entre a dívida sobre o que verdadeiramente vale o seu futebol.