Tem sido destaque na Serie A de 2020/2021 e chamado á atenção não só pelo número de golos que marca (3º ataque mais concretizador até á data), mas também pela ideia de jogo positivo que acarreta e tem levado ao sucesso, para já, a equipa comandada pelo italiano Roberto De Zerbi.
Pegando no jogo da vitória do Sassuolo sobre o Nápoles (0-2), atrevemo-nos a falar sobre alguns comportamentos da equipa italiana no momento de organização ofensiva.
Começando pela fase ofensiva, o conjunto italiano quando se encontra em organização, na primeira fase de construção opta por uma linha composta por 3 homens (Ayhan, Chiriches e Ferrari), sendo que a prioridade é tentar a ligação interior com os 2 homens mais á frente (Locatelli e Lopez). Na imagem seguinte encontra-se mais alguns detalhes daquilo que é a forma como a equipa se dispõe neste momento.
Como está demonstrado na imagem, mais á frente, existência de 2 homens lado a lado (Traoré e Boga), e a largura dada pelos alas ( Muldur e Rogério) garantem o jogo exterior da equipa italiana. O homem mais adiantado no terreno (Raspadori), é a referência da equipa e a principal ameaça á baliza adversária.
Outro pormenor interessante no jogo da equipa italiana, é a liberdade de progressão que é dada aos homens que formam a primeira linha de 3, de progredir no terreno, quando ocorre ligação exterior na maioria das vezes com o ala , e de criar uma dinâmica interessante nos corredores laterais, e a obediência a vários princípios gerais e específicos do jogo, tal como será possível observar na imagem seguinte.
Importante referir que a mobilidade associada ao jogo da equipa italiana, permite usufruir de variadíssimas soluções ao portador, quando a equipa consegue chegar confortavelmente ao meio campo ofensivo, quer tenha ultrapassado a linha intermedia do adversário ou não. Ressalvar os constantes movimentos de rutura e contramovimentos dos homens que se posicionam mais próximos dos homens que compõem a linha defensiva adversária, especialmente do número 18 (Raspadori). Tudo o que foi dito anteriormente, será possível observar na imagem que vem a seguir.
Apesar de o momento de organização ofensiva ser o foco deste artigo, ressalvo a capacidade incrível de “mudança de chip” que esta equipa possui, no momento de transição defesa-ataque, pois passa de um momento em que a equipa está compacta, na tentativa de impedir que o adversário consiga progredir, para o momento em que há a recuperação de bola e a ousadia de perceber que o adversário se encontra em contrapé e tentar ligação de imediato com referência. De fácil perceção é o facto de que isto é algo trabalhado, tal é também o acompanhamento dos restantes colegas de equipa em progressão no terreno e na tal “mudança de chip”
Espero que tenham gostado!
Diogo Postiga - Cronista Recepção Orientada