Tendo como base o jogo do passado Domingo frente ao Leicester, propusemo-nos a observar alguns dos comportamentos da equipa do técnico Português
A formação dos lobos apresentou-se numa espécie de 1-3-4-3,em fase ofensiva, sendo que com Rui Patrício na baliza, a linha de 3 homens á sua frente era constituída pelos três centrais ( Kilman, Coady e Boly), nos corredores laterais esquerdo e direito, apresentavam-se os alas ( Ait Nouri e Nelson Semedo, respetivamente), no miolo apresentavam-se os 2 médios ( Neves e Dendoncker) e mais á frente, os 3 avançados ( Neto, Jimenez e Podence).
Mas o “jogo ofensivo” da equipa de NES, não se esgota, nem de perto nem de longe, naquilo que foi referido em cima.
Remetendo a nossa atenção para a 1º fase de construção, e tentando sempre uma saída limpa e curta através do GR, é criada uma semiestrutura de 3+1 (3 centrais +Ruben Neves), para tentar quebrar a primeira linha de pressão do adversário, tendo também sempre como solução por fora, os alas.
Ultrapassada a primeira linha de pressão do adversário, e entrando na zona de criação, estando a equipa do Wolves posicionada no meio campo ofensivo, é de tremenda importância, a mobilidade, e movimentos e contramovimentos dos homens mais avançados na tentativa de arrastar marcações e atrair elementos da linha defensiva, para criar espaço e situações que possam ser passiveis de posterior finalização na baliza adversária. Interessante também, a dinâmica que ocorre em variadíssimas ocasiões nos corredores laterais, tal como é explicado na imagem seguinte.
Focando agora a nossa atenção na fase defensiva, a equipa do Wolves no momento de organização defensiva, dispõem- se num 1-5-3-2, sendo que a linha defensiva passa a ser composta pelos 3 centrais e pelos 2 alas que se incorporam na mesma, mais á frente, uma linha de 3 homens ( 2 médios +1 dos avançados que baixa e se incorpora na linha intermédia), e 2 homens mais á frente. Ao longo do jogo, também foi possível observar a alternância entre o sistema acima referido e um 1-5-4-1.
A equipa apresenta-se com um bloco médio alto, tentando não deixar, essencialmente, numa 1ª fase, a equipa adversária efetuar ligações interiores. Na imagem que virá a seguir, será possível observar o comportamento da equipa já numa fase em que a equipa adversária conseguiu quebrar linhas e progredir no terreno.
Interessante também verificar que o realizar de um passe Central-GR por exemplo, da equipa adversária, serve como indicador de subir bloco no terreno e tentar condicionar ação o mais próximo possível da baliza adversária.
No momento de transição defensiva, destaque para o equilíbrio dado pelos 3 centrais, e para o papel preponderante, na maioria das vezes, executado por Ruben Neves, efetuando contenção sobre o portador e aguentando adversário para equipa baixar e ficar compacta e equilibrada.
Diogo Postiga - Cronista Recepção Orientada