SER (SENTIR-SE) TREINADOR
Era o último jogo da época 15/16. Uma altura em que se multiplicam imagens de vitórias e vencedores.
Mas o futebol tem, nesses momentos, outros rostos, mais fortes até, lancinantes.
Nesta altura, apesar de até ir ganhando o seu jogo, os outros resultados determinavam a descida do Rayo. A equipa jogava bem, as suas ideias seduziam, mas ia descer.
A lágrima que escorria na face de Paco Jemez mais do que uma derrota, traduzia uma essência, uma alma de futebol que cruzava toda a realidade mais cruel.
Ser treinador, sentir-se treinador, "carne viva do futebol", é isto!
No fim, os adeptos envolveram-no num abraço. Sentiram-se como ele. Sentiam que era (seria sempre) um vencedor.
O que se passa dentro do campo, amanhã, na próxima época, muda.
O que se faz fora dele, na essência, será sempre igual.
Grande!